Velho galho de árvore tombado
No chão, sem ter valor nem serventia
Já foste, até bem pouco, a moradia
Desse bando de pássaros alado
Não tens ninguém, mas há quem relembrado
Da tua sombra, que tanto o comprazia
Que conte ao mundo o bem que lhe fazia
Sentar-se ao pé de ti, ver-se abrigado
Assim também na vida vou tombando
E do verde dos anos me afastando
Para habitar nas sombras de saudade
Mas meus versos, que digo a tanta gente
Por mim hão de falar, e certamente
Me recordar nos cantos da cidade |