Coração, coração, porque me deste
Sonhos tão lindo de felicidade
Histórias de inocente alacridade
E eterno sonhador me propuseste
Vida, vida, porque me compuseste
Sensível, se me jogas na maldade
De um mundo que despenca sem piedade
Num oceano de instintos inconteste
Minha alma, presa à minha musa, um dia
Sonhou que ser poeta eu poderia
Invulnerável na ilusão de asceta
Mas o tempo, que a tudo faz mudar
A cada instante mau me faz provar
Do fel que é, dentre os homens, ser poeta. |