J. Ribamar Matos


Silêncio

Pouco te importa o meu sofrer insano e que eu viva, afinal, como hoje vivo, nessa angústia de pássaro cativo, a andar de desengano em desengano! Já não tenho ilusões nem mais me engano com a minha existência sem motivo, pois não creio em, depois, ver redivivo o vigor de outros tempos, espartano. Ver-me-ás, entretanto, silencioso e mudo, nem um lamento de meu lábio triste ouvirás nunca mais, depois de tudo! Calado e triste há de me ver agora, sem o vigor de quando tu surgiste, tecendo versos pela vida a fora...


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