À noite a dor corroe
O que era doce pensar
Que força essa que destroe
O desejo forte de amar
Estavam escondidos na viagem
E abrigam medos do porvir
Que sonhos mortos ressurgem
Daquele anseio de partir
O peito vazio de bagagem
Trouxe leve a esperança
E a efemeridade da passagem
Do tempo de ser criança
Que melancólica noite
Sem estrelas e calor de amigo
Apenas a breve dor do açoite
Do vento no peito sem abrigo
O pensamento inevitável da partida
O desconhecido espera paciente
Mas e a doce magia adormecida
Do crepúsculo incandescente???
E a semente florescendo???
Viçejando terna e brilhante
Raízes de amor dilacerando
Estrela da manhã cintilante... |