Luís Alberto Batista Peres

Raízes
       
 
À noite a dor corroe 
O que era doce pensar 
Que força essa que destroe 
O desejo forte de  amar 

Estavam escondidos na viagem 
E abrigam medos do porvir 
Que sonhos mortos ressurgem 
Daquele anseio de partir 

O peito vazio de bagagem 
Trouxe leve a esperança 
E a efemeridade da passagem 
Do tempo de ser criança 

Que melancólica noite 
Sem estrelas e calor de amigo 
Apenas a breve dor do açoite 
Do vento no peito sem abrigo 

O pensamento inevitável da partida 
O desconhecido espera paciente 
Mas e a doce magia adormecida 
Do crepúsculo incandescente??? 

E a semente florescendo??? 
Viçejando terna e brilhante 
Raízes de amor dilacerando 
Estrela da manhã cintilante...

 

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Página editada por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  21  de  Agosto  de  1998