Alguém que se ignora Passeia a sua mágua Lá pela noite fora. Já sem saber se existe, Entre silêncio e treva, Nem alegre nem triste, Alguém que a própria sorte Enjeita, vai absorto Num sonho que é a morte E é vida — sendo morto. (In Antologia de Poetas Alentejanos, de Orlando Neves)