PELOS
POROS
A noite
fala por si só
Ou
melhor, solfeja, semeia
Como
hino angelical
Como
bruma, como mar
Como
um canto de sereia
A magia
do que se passou
Paira
no ar e me impregna de prazer
Como
sândalo inebriante
Que
deixa delirante
Meu
corpo, minh’ alma, enfim, todo o meu ser
Sendo
assim, tão pouca e pequena
Para
compreender o amor dos santos
Vejo-me
clara, solta e serena
Como
tocada, aureolada
Por
uma luz que é puro encanto
E por
mais que tente, de todo
Me
desvencilhar e conter
Consigo
apenas
(E
insistentemente)
Por
entre seus caminhos me perder
Lia
Haikal Frota
01/09/2000 |