Pelo caminho estreito que procuro,
fogem, grasnando, patos assustados.
Entre o caminho e as quintas há um muro
simpático, – caiado dos dois lados.
Sempre que vê passar bocas famintas,
segreda para dentro, resoluto;
e logo qualquer árvore das quintas
deita um braço de fora e estende um fruto.
Um dia, o vento trouxe uma semente;
a terra que no muro dormitava
lembrou-se que era terra… e, de repente,
brotou do muro uma figueira brava! |