Loyola Rodrigues

Ângelo Monteiro

Subterrânea voz, então desperta do silêncio da página esquecida, qual da concha mais íntima, ferida, áureas cordas vibrando em cada verso que espadanas das mãos, como os cabelos longos dos vossos príncipes esguios aurifluindo, em seus ombros, como rios de protesto ou em líricos novelos de sol cristalizado ou, mais ainda, tal cordas de algum morto violino há muito sepultado nos teus seios se secreta mulher ou musa extrema valsando, sem cessar, seu destino sem passar dos limites do poema.


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