Esporas de vento
cravam luzes
no lombo da tarde
O peão do dia
solta os bridões
e o tempo dispara.
Uma saudade cansada
se afoga nos pingos
da goteira da casa.
Estão murchos os sons
dormem facas sob a mesa
e o sol arreia seu andor.
E eu passo o tempo
advinhando
o pensamento de uma flor.
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