O relógio
capataz do tempo
cochila na parede.
A janela verde
balança sonolenta
ao bafo do vento.
A casa se veste
com mortalhas de silêncio
e asas de tristeza.
Na mesa da sala
as moscas se roçam
na agonia branca da toalha.
E aos pés da porta
reina um vaso morto
com uma flor cravada no pescoço.
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