Luiza Albuquerque




Choro Noturno

Vem, orvalho da noite, molha o meu pranto Se iguala à ele, reduz meu espanto De viver no mundo, sozinha, sem paz, E eu quero bem mais... Que este canto triste Me ensina, me ajuda, me mostra o caminho Não deixe que a noite me encontre sozinha Neste desamparo, à mercê de um açoite, Fora do meu ninho... Ah, eu quero a beleza de um pôr de sol Correr entre os campos, ver um girassol Rolar pela relva, e sentir o encanto Que eu quero tanto... Vem, orvalho da noite, não vá me esquecer Me leva contigo que eu quero aprender A ver tantas coisas, mil cores sem fim Me ensina a viver, não se esqueça de mim.


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