Luiza Albuquerque
Pelos Palcos da Vida
Fantasia de palhaço, sempre termina
Quando a luz do palco pisca
E a cortina de sonhos se abaixa.
Feito máscara derretida
Que confunde minha alma dourada
Com o gosto amargo do dia
E da lágrima que teima em cair.
Pelos palcos, pela vida,
Pelas suas bocas pintadas
Pela dor de um palhaço sem circo
Pelo mistério da mágica
Que sai de mim.
Por todos os palcos do mundo
Encenando a vida de forma errada
Por todos os cantos calados
Que explodiram de bocas fechadas
Ah, você... não saia de mim...
Fique comigo, doce querubim.
Se eu pudesse, lhe daria,
A magia e o sonho em que vivo
A alegria que eu não sabia
Que ainda existe em mim
Ah, eu lhe daria...
A amargura de ser só palhaço
A angústia de circo fechado
Para balanço de uma "doce vida"
A que existe em mim.
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