Reinaldo Ferreira

Magaíça

Magaíça, ao partir, não se prende mas sofrendo no Rand é que aprende que a mina é inferno, desterro e má sina, que a terra é o céu de quem vive na mina! Vem ver o sol, vem ver, que é morte viver debaixo do chão! Diz, Magaíça, diz, diz adeus à raiz, diz adeus ao carvão... O oiro que a mina te dá não paga a saudade que há no teu coração! É lá fora que correm gazelas, é lá fora que há nuvens e estrelas, que o milho espigado, na seara a crescer. parece que pede que o venham colher!


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