Marcelo Almeida de Oliveira
Chega! De novo
Desculpa, amor, mas hoje não vou te amar,
nem vou deixar minha cabeça se encher de você,
segurem as garrafas porque não vou tomar,
seda e veludo também pode esquecer.
Porque hoje quero saber a verdade.
Já estou cançado de rir sem saber o porquê.
Que o ópio que pelos meus ouvidos entra
só me deixe entorpecido quando permitir;
e que a cobra que encanta da caixa
não me enfeitice com seus olhos argibi.
Mais um bufão vai tirar a fantasia,
mais uma vaia na pequena platéia descontente.
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