Mercedes Blasco


Amar Por Amar

Não quis nunca saber se aquele que eu amava era sincero ou não, se era nobre ou plebeu. Amava-o porque sim, e se não me adorava e sabia fingi-lo, que mais queria eu? Era a dita suprema de julgar-me querida, fazer-me pequenina junto a um peito forte que me cingisse a si, quase a tirar-me a vida e, se eu morresse assim, bendita fosse a morte. Nunca busquei sondar o recanto das almas, onde o cachoar, almas tranquilas, calmas, o mesmo rumo levam e vão dar ao mar. Bendito ou falso, tem o beijo igual sabor, meu peito nunca amou em troca doutro amor. Unicamente amei… pelo prazer de amar!


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