casa
pirâmide embalsamada
de cimento e cal
guardas o segredo
—de viver ao relento
Solidão
Nas ruínas de um templo
Nos becos e labirintos
No coração dos ateus
imagem
— mora a solidão
Um rosto pálido
se reflete
nesse espelho
refletindo a minha
transfigurada imagem
— o tempo passou e eu
nem percebi
face
tece na face
a outra face
não a quente
nem ardente
— a face fria
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