Misael Costa França 

Incerteza
 
O tempo escapa das mãos 
como a voz ao vento. 
Cada passo neste meu compasso, 
descompassado passo, 
me perco no tempo. 

O meu relógio marca horas regressivas! 
cada segundo, nesta viagem além, 
passo, mas não me abato, 
continuo a peça...mais um ato 
um pecado a mais,  
um grito, uma saída... um sonho! 
Um giro contrário em tudo que é normal, 
para inflamar o presente  
e... continuar lançando os dados...até a cova abrir-se.

 

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Página editada por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  21 de novembro de 1997