Há que se entender o homem
(sanguesal)
há que se entender o rio
(sanguesol)
em suas legendas
lendas
segredos
degredos
e cada homem é um rio
no leito que lhe coube
ondas gerando danças
presas que vão se prendendo
aprendendo vivendo
no leito-rio-estrada.
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E eram três línguas afiadas
eram três facas amoladas
eram três vozes armadas
eram três garras de aço
com três pombas sorridentes
entre os dentes
na solidão dos passos
de aço.
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Há que se entender o rio
e suas armadilhas.
Há que se entender o homem
e suas armaduras
sua extremada alegria
suas falsas calmarias
seus transitados carinhos
seus apertados caminhos
seu avesso de cristal
seu perfil dentadural
seu lance de esgrima
sua foto que fascina. |