A primeira é de alvura não sonhada...
Tudo que é santo abriga, imaculada,
Sua corola imensa.
Quando transborda o cálix da amargura,
Minh'alma numa prece se depura,
Cresce a rosa da Crença.
Quando por mim em lágrimas banhada
De minha mãe a face descorada
Eu cinjo ao coração,
Divina, casta, cérula, amorosa,
Nasce em meu seio a flor mais odorosa,
A flor da Gratidão.
E quanto as ilusões são dissipadas
E as rosas dos amores desfolhadas
Em triste soledade,
Consoladora, olente, doce e calma
Inda uma flor desabrocha na minh'alma,
O lírio da Saudade! |