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Página atualizada em 06.04.2001
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Mário de Lima (1886 - 1936)

"Jurista, jornalista e poeta mineiro, Mário Franzen de Lima deixou-nos, em seus livros, a sensibilidade tocante de sua alma, que permance viva em nossos corações." 
Maria do Carmo Vieira.
Uma notícia do autor (mar/2001)
Poesia
  1. Quadrinha
  2. Virgem Auxiliadora
  3. Polos
  4. Primavera
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Mário de Lima (1886 - 1936)
Tortura menos a mágoa 
que lágrima aos olhos traz, 
porque nesta gota d'água 
é que a dor se liquefaz".
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Mário de Lima (1886-1936)
LIMA, Mário Franzen de. - Nasceu em Ouro Preto, Estado de Minas, em 10 de julho de 1886. Estudou no Colégio Salesiano, de Cachoeira do Campo, e formou-se pela Faculdade de Direito de Belo Horizonte. Advogado e professor de direito, Membro da Academia Mineira de Letras e do Instituto Histórico de Minas, Cavaleiro da Coroa da Bélgica, Titular da "Goldene Ehrzeichen" da República da Áustria, Diretor do Arquivo Público Mineiro. Foi Promotor de Justiça, Reitor do Ginásio Oficial de Barbacena, Diretor da Imprensa Oficial, Secretário da Presidência de Minas Gerais em dois governos, Delegado Geral do Estado de Minas Gerais para a exposição do Centenário da Independência, 1922. 
(Este esboço biográfico foi feito a partir do volume "Personalities in Brazil" editado em 1933 pela "British Chamber of Commerce for Sao Paulo and Southern Brazil.")

Algumas das inúmeras notas sobre a sua obra:

"Entre os livros de versos - e tantos são! últimamente publicados, Audiências de Luz é um dos melhores. Há aqui a alma de um verdadeiro poeta, digna em tudo de emparelhar com os mais inspirados que atualmente possui a Grande Terra Mineira."
                                       Alberto de Oliveira

"Idéias e Comentários", que eu li em rápidas horas, tem a marca iniludível dos bons e belos trabalhos. Atrai pela forma literária; prende pela nobreza de pensamento; triunfa pela significação moral."
                                Carlos Drummond de Andrade

"Mário de Lima foi, sobretudo, o poeta da terra mineira, com todos os seus encantos e todas as suas lendas. O poeta das montanhas alterosas e dos rios largos e encachoeirados. O poeta de Ouro Preto e das suas igrejas... Seu nome é digno de ser relembrado entre os melhores vates do seu torrão natal. Sua obra é daquelas que não podem ficar esquecidas na poeira das bibliotecas oficiais."
                              Osório Dutra

 

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Mário de Lima (1886-1936)
POLOS 

Há dois polos na vida, ambos sinistros, ambos 
possuindo a gelidez extrema da Sibéria: 
o Luxo, a sanguessuga insaciada; e, em molambos, 
o rebotalho vil, famulento - a Miséria. 

Não sei quem seja mais miserável: se os bambos, 
broncos vultos que dão, a troco de uma féria 
mesquinha, anos de vida, ou se os tipos estrambos 
que nadam no ouro desde o berço à urna funérea... 

Entre esses polos vaga a gente que tem fome 
e pede mais amor, mais justiça lhe assista... 
E tirita de frio e a lidar se consome... 

Ai dos pequenos! Ai dos vencidos! À vista 
dessa desigualdade imoral e sem nome, 
rompe de cada peito um grito socialista. 
 

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Mário de Lima (1886-1936)
PRIMAVERA

Vem, Primavera! Abre o sendal de flores na terra,
Estende o pálio azul no espaço,
lava num beijo o firmamento baço,
traz a magia das luzes e das cores!
Com teus perfumes entontecedores, aromatiza as balsas.
Passo a passo acorda os ninhos
e de teu regaço
lança a mãos plenas rosas, esplendores.
A natureza em júbilo te espera:
aclamando-te os pássaros bisonhos
já se põem a cantar, Mãe da quimera.
E em minh'alma, entre frêmitos risonhos,
em febril disparada,
ó Primavera,
passa a galope o batalhão dos sonhos...
 

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           Mário de Lima (1886-1936)
VIRGEM AUXILIADORA 

Minha Nossa Senhora Auxiliadora, 
Mãe de misericórdia e de perdão, 
Sê, por piedade, a minha protetora 
nas amarguras deste mundo vão. 

Em minha alma teus zelos entesoura... 
Nunca olvides meu pobre coração... 
E fulge, sempre, ó luz consoladora, 
em meio às sombras que o envolvendo estão. 

Ó milagrosa Virgem de D. Bosco, 
ouve a súplica humilde, o verbo tosco, 
de um frágil pecador, mísero réu... 

Acompanha na vida o meu fadário... 
E seja, à hora da morte, o teu rosário, 
a escada augusta que me leve ao céu!

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