As folhas das palmeiras agita o vento a medo,
Com carícia suprema, num ciciar de prece.
E quando a tarde vem baixando e a sombra desce,
Eu ouço desse idílio, o divinal segredo.
Muito de leve a beijar as folhas do arvoredo,
Onde à beira da estrada o rosmaninho cresce.
O vento a cochichar, como se ao beijar lhes desse,
A beber o perfume, de um ideal segredo.
E sempre a evocar, eu ouço enternecida,
Sua voz tão suave a cantar alegria,
Em cada folha verde dos craveiros dispersos.
A tarde vai morrendo lenta e entristecida
E ao vir a noite, a lua nebulosa e fria,
Vai derramando luz na alma dos meus versos. |