Marly Oliveira


Eu tão prepositiva, desfaleço

Eu, tão prepositiva, desfaleço, na contorção do que se me propõe: o mundo não se esquiva à inquisição, o medo não é bom amigo, o medo indica a minha forma de não ver a vã provocação. Que estreito este caminho, que murado! Tão pouco que eu ousasse e já seria talvez o passo necessário no sentido de ter ou de abster-me, mas sempre um passo, um movimento, a voz, um surdo grito, sussurrando o enleio que o amor conhece, entretecendo com a hera que cobre o corpo a matéria do meu espírito, o seu sigilo, a disputa, os meus dispersos sentidos.


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