Mário Simões


Lucy

Minha primavera de novo se enroupou, Seguiu alegre em busca doutro destino... O clarão amor, (fraco ou forte) é luz que sou; Não troco a minha sorte por ser menino... O teu doce lenitivo me adormece, Embriagado no teu desejo fervente... A aurora que o teu amanhecer me deu, É a natureza livre do teu corpo quente... Às vezes choro a flor da felicidade, Este amor que me incendiou contigo... Eu me deito no teu berço de mocidade, Sob paixão que é meu abrigo... Nossos corações ecoam o mesmo destino, Ao ribombar do compasso imenso; Lembrando o seu segredo de menino, Dão largos voos com agitado tempo... (In 9º. livro, Culpas Mortais)


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