Nada tive que era meu. Perdi estradas, perdi leito. Na pedra aonde me deito Nada fala de alvos linhos. Se com cegos me aventuro, a caminho rente aos muros, é que meus olhos impuros sonham Cristos nos caminhos. Nada tive que era meu e o corpo não quero eu. Podia servir de embalo, mas serve de sepultura. Cemitério de asas finas, tange e plange aladas crinas, canto de praias sulinas de infinitas amarguras ...