Ai, não pareis de dançar,
Crianças e lindas jovens,
Ai, não pareis de dançar!
Amo dançar convosco
Os bailados da infância.
A roda rodando alegre,
Na calçadinha, de noite.
Ai, não pareis de dançar,
Crianças e lindas jovens,
Ai, não pareis de dançar!
Dansai e cantai, sorri!
Brincai à luz das candeias,
Que iluminam as casas,
De vossas cidadezinhas.
(Eu perdi minha cidade,
com oito anos apenas.
Não vos posso encontrar mais
Eu perdi a mim mesmo).’
Ai, não pareis de dançar,
Crianças e lindas jovens,
Ai, não pareis de dançar!
Sabei, - eu fui navegante,
Andei perdido nos mares.
Voei em aves metálicas,
Por céus cinzentos, nublados.
Escutai, - eu escutei,
Não mais as doces cantigas,
Da nossa infância da roda,
Da roda sempre rodando.
Ouvi canções dolorosas,
Que me entravam pelo mar.
Escutei tristes lamentos,
Que me vinham pelo ar.
Corri, como louco, as ruas,
Sem saber onde parar.
Ai, não pareis de dançar,
Crianças e lindas jovens,
Ai, não pareis de dançar!