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Vate sublime, que os primeiros sonhos
Da juventude minha hás embalado,
Quando às margens do fresco Beberibe
Os teus primores d’arte eu decorava
Às ilusões entregue dessa idade,
Em que os risos de amor tanto seduzem!
Tu nos deixas enfim! e as plagas nossas
Ao verem-te sair gemem saudosas;
Gemem os corações dos brasileiros,
Que como meu reter-te não puderam
Nesta terra que ufana te incensara
Se o gênio aqui tivesse um templo seu!
Inclina triste a fronte, ó pãor-de-açúcar,
Ao poeta que passa! ao gênio deve
A matéria imponente assim curvar-se.
Embalde indiferente ela se ostente,
A grande inteligência, que mar afora
Lá se vai!...nos corações nossos deixando
Da pungente saudade a dor acerba!
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