Tua face
são caminhos de
mil noites
por onde lágrimas
desceram
e formaram rios subterrâneos.
Teu peito
é rio afluente
desses olhos
que fecundam terras
ressequidas de silêncio.
As roupas encurtaram
depois de usadas,
mas vejo-me sempre
pequenino, em ti.
E os meus olhos
- herdados de um sonho
teu -
são, em ver-te,
da criança que
fui. |