Se digo o teu nome,
cem pássaros verdes,
todos verdes,
se perdem no espaço
de solstício.
Um pássaro disperso
talvez pouse
no oásis rubro
de teus lábios
e se alimente de beijos
esquecidos.
As águias das
manhãs
devoram tua presença
que constrói ninhos
em meus ombros,
com fios de noites.
Nas amplidões noturnas,
os astros te inventam.
Desces liqüefeita
de espaços
e inundas, num dilúvio,
o pensamento.
Há um pássaro,
olhos de sal, plumagem
de brumas,
que cortando a distância
do teu céu
será minha solidão. |