Newton Soares

Bioversos
                  
 
Olá, meu leitor amigo!
Tudo bem...? deve estar;
Mas não se zangue comigo,
Pois não quero incomodar.

Se permite, me apresento:
Sou Nilton Bento Soares;
Porém, não gosto do Bento,
Pois disso tenho só ares.

Desterro de Entre Rios,
É minha terra natal,
Lugar nem quente nem frio,
E, até que não é mal.

Já não existe no mapa?!...
Oh! que tamanha infâmia,
Mudei-lhe o nome, meu chapa;
Exílio da Mesopotânia.

Vinte e sete de janeiro,
Do ano cinqüenta e um,
Nasci, não fui o primeiro,
mas provoquei “zum, zum, zum”.

Sou o sexto lá de casa,
O sexto...vejam vocês!
Meu pai mandava uma brasa,
Depois vieram mais seis.

Cegaram-me aos dois anos,
E isso não foi legal.
Eu, meus pais e meus manos,
Mudamos prá Capital.

Minha vida foi marcada,
Por tristezas e alegrias,
Fui seguindo minha estrada,
Buscando melhores dias.

E prá encurtar a estória,
Para não ser cansativo,
Digo que minha vitória,
E ter escrito este livro.

Nele provo ser poeta,
Não se bom ou ruim,
Falo de forma direta,
Desde o princípio ao fim.

Agora leitor amigo,
Sem reverso ou adverso,
Dê-me a mão, venha comigo,
Pelos Caminhos de Versos.

 
                                                                          
Remetente: Walter Cid

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 Página editada  por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  31  de Março de 1998