Oliveira de Panelas


A Mulher

Na mulher toda têmpera se envolve Seu ciúme é cuidado impertinente Seu desejo é fornalha incandescente Quando pode, é perigo, o que devolve, Quando está duvidosa só resolve Pelo fio da ânsia propulsora, Quando assume o papel de genitora Aurifica seu corpo fecundante, Prá tornar-se a maior representante Dessa lei biológica criadora No namoro é centelha de ilusão No noivado é a fonte de esperança Sendo esposa é profunda a aliança E faz unir coração com coração, Como mãe é suprema adoração! Sendo sogra é as vezes tempestade Quando amiga, é amiga de verdade, Sendo amante é volúpia no segredo, Porém sendo inimiga causa medo Ao mais forte machão da humanidade.