Paulo F. Cunha


Recifetebas

Deito-me ao lado de Jocasta sem remorsos purificado por esta Recifetebas da esfinge Jomard decifrada. O’meu poeta que - bem mais que tantos Penas, Bandeiras e Cabrais me chega, por Recifetebas, ao coração silente. Pois me ensinaste como, quando e onde amar de vez e melhor, a mulher - cidade Recifenda Há tanto abandonada, vilipendiada com a metade má do amoródio e , finalmente,(re)visitada (re)conquistada, (re)morada. Ah! Este reencontro com as ruas da União, Concórdia, Creoulas, Sossego Ah! O reencontro com o gosto da comida e com o gosto do desgosto da chupada da puta Rita, na praia, entre cinco dividida. Obrigado meu poeta por decifrar-te e ser Édipo sem remorso e sem cegueira Comendo mangues, marés , coqueiros desta sonhada cidade Recifetebas.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *