4.
uns escritos sobre: obra-vida
A forma
como o poeta, SEVERINO MANOEL SOARES (meu
pai),
inventava
versos ora oralizados ora escritos em
cordel,
é
meu primeiro corisco-estranhamento pelo universo da
arte.
Na
biblioteca da escola, uma ereção gótica, lendo pela
primeira
vez, Gregório de Matos Guerra. Empatia
imediata
por
Oswald de Andrade (seu jeito de dizer-devorar com
olhos
livres o mundo ).
Ingresso
na Escola Das Facas de Cabral para apreender
sua
Educação Pela Pedra, seu cantar A palo seco.
É
impossível devorar Oswald sem esbarrar no
trio-porrada-dura,
(augustoharoldécio). Leituras de
textos
teóricos
sobre poesia: Maiakóvski, T.S. Elliot e
Haroldo
e
Augusto de Campos e Décio Pignatari.
Convívio
com os poetas: Francisco Kaq e Gabriel
Beckman.
Início
dos estudos teóricos poundianos.
Correspondência-
poética
com Cassiano Nunes, Caio Fernando Abreu e
Rober-
to
Kenard.
Bius
é meu último livro ( com experimantras,
metapoemas
e
bonsais ).
Minha
obra é uma tentativa-de-fazer-frevar-a-língua
num
eterno
diálogo com estas referências.
Travessia-sincronia
As
experiências em música eletro-acústica de Luiz
Pinheiro,
Djalma Farias Martins e Conrado Silva. A voz
de
Rubi, a voz do morro, Cartola, Geraldo Pereira,
Noel,
Wilson
Batista, Sinhô, Nelson Sargento, Carlos
Cachaça,
Ismael
Silva, Lupicínio, Araci de Almeida, Candeia,
Má-
rio
Reis e Bach, Beethoven, Telemann, Ernani Aguiar e
Hendrix.
A poética do corpo da Ciane. As artes visuais
do
Corpos Informáticos/IDA/UnB. Amo a destruição
aristo-
télica
em Gerald Thomas e a reconstrução em Antunes
Filho.
Sem Glauber, Júlio Bressane, Akira, Fellini e
Nirton
Venâncio ( O último dia de sol ), minha poesia
seria
cega e sem tutano. O embolador de coco e o
repen-
tista
da feira e da praça: minhas eternas veredas.
Prêmios
1987
Concurso Nacional de Escritores
Brasília/ DF
Menção honrosa pela obra: Poemas 1978/1987
1993
Concurso Literário ASEFE
Brasília/ DF
Primeiro lugar com o poema: joão sem plumas
1999
Prêmio Eugênio Coimbra-Poesia
Recife/ PE
Menção honrosa pela obra inédita: bius
Biobibliografia
1981
canto torto
1982
carruagem dy pollycia
1984
o doce lado dos ratos deleites (c/ Natinho, Chico Simões e Zé
Regino)
1988
um centavo
1989
pelo pelourinho
1999
bius (inédito)
|