Rose Alves

Bárbara
                             
                                                                      à minha sobrinha nascida em 04.10.91     
                
               
Foi lindo ouvir teu “chorinho”,
tinhas uma pele sedosa,
macia, rosada,
debatia-se no ar
a procura de conforto
num mundo novo e desconhecido.
Fui às lágrimas,
pois não podia fazer-te se quer um carinho,
tínhamos uma parede transparente entre nós.
Eu queria proteger-te.
Choravas,
esperneavas
e eu ali,
impotente, apenas a observar.
Aos poucos você se acalmou e eu me tranqüilizei.
Depois,
passei a ver-te dormindo suavemente sob o aconchego dos lençóis.
Que sono tranqüilo!!!
BÁRBARA,
só espero que este mundo seja mais generoso com você.
Se não o for,
pode gritar bem alto:
“ — T I A!!!!”
E eu virei correndo para te ajudar!
                                           
                                          

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Página editada por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  13  de  Agosto  de  1998