R. B. Sotero

O Sem-Terra do amor

Quase posseiro do teu coração, Assim como um Sem-Terra resoluto, Que se arrancha num sítio devoluto E, depois, requer junto à União, Pelo processo de Usucapião, O direito de posse e usufruto; Também o requeri e ainda luto Nos tribunais do Amor em petição! Entretanto, não fui bem sucedido, Pois o meu rogo foi indeferido Sob falsa alegação de invasor. Mesmo expulso das terras do teu peito, Prossigo em luta pelo meu direito De entrar na posse do teu vago amor.


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