Disseram-me que o amor
é todo o sentimento
de posse do outro —
misturado ao sonho,
ao desejo
e ao perigo louco.
Mas, se isso é o amor,
será ele uma invenção
do Diabo,
para que o homem apaixonado
faça nele
o seu primeiro estágio?
Esse intervalo do cotidiano
impreciso,
imprevisível e individual,
não passa sem deixar marcas;
querendo na posse o eterno,
sem jamais ser imortal. |