Rosemary da Costa Ramos 

Meu Arrozal
 
Água e sol
puxando sem resistência
grãos infiltrados
na amálgama vermelha.
Subiu verde,
virou pendão.

Nenhuma estria se viu,
justificando o gesto
terra e mudo
da verde gestação.

Meu arrozal
ficou verde de repente,
virou ouro,
despencou-se em grumos.
Derramou-se.

 
     

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Página editada por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  03 de dezembro de 1997