Rosemary da Costa Ramos 

Inércia
 
Estava tão só, na tarde,
que as canções da carne
nem se espargiram no ar.
Era tão grande o imenso nada,
que o nada-Homem,
por nada realizar,
perdeu-se nele.

 Mas...
E o pássaro que, verde,
passou voando?
E a natureza que persistia,
apesar da inércia do homem?
            Natureza,
            Verde
            e pássaros...
Eram tantos!

Pena que o homem 
nem se apercebia disso.

 
 

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Página editada por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  03 de dezembro de 1997