Eneida Alves Regado

Cidade

A espera doentia, A chegada tardia A dor...... A vida simples contada em minutos; A flor que morre para viver o fruto Incolor...... Também há dor. As janelas fechadas nos prédios As vidas fechadas em gaiolas de ferro O meio, o feio......... Meu passarinho de asa quebrada, Meu piriquito cantor, calado Não voa, voa...... Minha arte: da vida um pouco, Minha vida é arte Mas é pouco....... No silêncio da noite: o mistério O mistério da noite é o silêncio E o desejo.......Barcos perdidos no mar da vida, Vidas perdidas no mar da cidade, Cidades confusas no mar da mente Um perigo latente..........


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Eneida Alves Regado - seregado@mandic.com.br