Ricardo Madeira

Azathoth

Um turbilhão de imagens Arasta consigo a consciência, Perdido em estranhas viagens Ao sabor da demência. Ao som de flautas partidas A sanidade desfaz-se em pó, Rodeada por estrelas caídas, A ordem do caos reina só. Amorfo, cego, Deus e idiota, No centro de toda a entropia, O Criador da matéria morta, O único inimigo da harmonia. Nos seus vómitos profundos, Envoltos em nevoeiro escuro, Universos, estrelas e mundos Giram em volta do Mal puro... Tão puro que atrai e arrasta a luz, Tão negro que a sufoca completamente, Onde nem mesmo a morte pode viver, Um pesadelo sonhando permanentemente. "That last amorphous blight of nethermost confusion which blasphemes and bubbles at the centre of all infinity -- the boundless daemon sultan Azathoth, whose name no lips dare speak aloud, and who gnaws hungrily in inconceivable, unlighted chambers beyond time amidst the muffled, maddening beating of vile drums and the thin monotonous whine of accursed flutes." - H.P. Lovecraft


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