Não são
aparentes em ti as marcas da grandeza,
nenhum monumento desfigura
ou altera a monotonia
sem convulsões
do teu rosto quase anónimo.
A escassez de ogivas,
arcobotantes,
rosáceas, burilados
portais, cobra-la tu
na gravidade das tuas
sombras
e do teu silêncio.
Não vem sequer
da tua voz a opressão
que cerra
as almas de quantos de
ti
se acercam. Não
demonstras,
não afirmas, não
impões.
Elusiva e discretamente
altiva,
fala por ti apenas o
tempo. |