Paulo Augusto Rodrigues

Moça

É de noite, noite de sábado. Há movimento de gente, copos, Mas em mim não há nada. Para mim, as ruas estão vazias, As pessoas perdidas, Os caminhos escuros. É de noite, noite de qualquer dia. Há estrelas no céu Iluminando a semente. Fazendo crescer na lembrança, O ponto luminoso e brilhante, Que acende, A imagem sorrisamente cativante Da amizade calada. É de noite, noite que aumenta a distância, Mas, é de dia que a saudade gritante Da amiga, Estoura. É momentâneo, mas é profundo. Que vontade descabida De estar neste momento, Ao seu lado, tranqüilo, Numa quieta cidade. Talvez até, Curitiba.


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