Rosa dos Ventos
Oitava Nota
Se por acaso algum dia
Não mais me puderes encontrar
E se minha voz silenciar
Largando minh’alma a vagar
Ao abrires a tua janela
E deixares o sol entrar
Sinta em seu pequenino raio
Que vim a ti cumprimentar
E à tardinha, lá na praia,
Ouvindo os marulhos do mar
Veja-me na onda que ensaia
No vai e vem, teu corpo alcançar
E quando as noites serenas
Te fizerem olhar o céu com emoção
Procura bem dentre as estrelas
Pois numa delas, estará meu coração
Estarei sempre em algum lugar
Presa às asas da mãe natureza
Feliz brincando de volitar
Em cada elo de sua imensa beleza
Como energia voltarei à fonte
Singrando os espaços siderais
Juntando-me de novo ao Cosmo
De onde quisera não ter saído jamais
Estarei no canto dos anjos
Nas sinfonias celestiais
Serei a oitava nota dos arcanjos
O sexto sentido dos imortais
Serei a síntese da felicidade
A paz enfim personificada
Pois farei parte da eternidade
A séculos e séculos procurada
De lá, um só pensamento
Consagrando amor sem fim
A todas as criaturas que no momento
São comigo almas afins...
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