Saul Dias


Álcool, Fumo e Café

Não mais o álcool, não mais o fumo, de azulado rumo, nem o café. Resta-me a fé num áureo aprumo. Não me consumo. Sei como é. Os nervos cansam e vão partir-se. A voz de Circe ouço-a ainda... E, mais mais linda, ainda me chama e, embora lama, quero-lhe ainda. Mas quero quietos os meus sentidos, comprometidos em ascensões. As sensações hei de chamá-las, purificá-las com comunhões. Resto sedento, desalentado... Quem a meu lado no funeral? Negro portal hei de quebrá-lo. Cantar o galo sobre o covalo. (As mãos daquela que se dizia tão minha amiga já se sumiram Vagas sorriram outras derrotas Ignotas rotas as poluíram E as tardes brancas hei de esposá-las. Não quero galas na minha boda. Bailem em roda só as crianças ingênuas danças à sua moda. Se um homem cumpre o seu destino, não vão sem tino mexer na obra. É como a cobra que fere o seio quem, de permeio, altera a nota. De qualquer forma siga o meu rumo, num áureo aprumo, cheio de fé. Sem o café, sem o tabaco, cortar o opaco sei como é.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *