Silvestre Péricles de Góes
Monteiro

Das montanhas

As montanhas, que vês, são rasgos de conquistas, - o arroubo mineral às alturas supremas. Elas trazem no seio a centêlha imprevista da persistência ideal a refulgir em poemas. E sempre as convulsiona o gênio imperialista do domínio rochaz as ascensões extremas. Daí, por elas só - armas que a força enrista - a audácia dos vulcões, dos aludes, das gemas... As montanhas - palor nevado, a espaços... longes branqueamentos sem fim nas cristas milenárias: a sombra dos heróis, dos mártires, dos monges... E, ao vencer a distância, o mistério da morte, ei-las dentro do Sonho, altivas, legendárias, ensinando a ser nobre, a ser grande, a ser forte ! .


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