Terêncio Anahory
 

Poema para o Meu Irmão Bastardo

 
Coisas de séculos
de ontem, de hoje e sempre
passam
na voragem do tempo
e em mim fica essa dor
esse desespero,
uma raiva surda
de não poder levar
(nem dado)
(nem pedido)
(nem roubado)
para junto de ti,
meu irmão bastardo,
este mar de sol,
banhar contigo nestas ribeiras
passear estes campos verdes,
árvores verdes
frutos maduros ...
Risos de meninos parvos
meninos cabeçudos;
vida de gente lavada
gente feliz ...
vida, vida!
Por que, — irmão
Por que?

 
 
 
 
 

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