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Atualizado em 25.03.01
Novidades da semana
 
Responsável:
Soares Feitosa
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Uilcon Pereira
Bio-bibliografia

Poesia:

  1. Um animal estético
  2. poema antipedagógico
  3. ficção científica
Ensaio, crítica e notícia:
  1. Um poema de Wilson Bueno
  2. Jornal O Braço Sul
  3. Hugo Pontes
  4. Enéas Athanázio
  5. Leonardo Fróes
  6. Fernando Py 


 

Material remetido por
Aricy Curvelo
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Uilcon Pereira
Biobliografia

Wilcon Joia Pereira tornou-se conhecido como Uilcon Pereira.
Nasceu na cidade de Tietê/SP ( 12-06-1936) e faleceu em Araraquara/SP (23-10-1996), de distúrbios provenientes de diabetes, com sessenta anos completos. Formou-se em Filosofia pela USP (1963) e nesse mesmo ano partiu para Paris, onde pretendia cursar Mestrado em Epistemologia, sob a orientação de Lévi-Strauss na Sorbonne. Não se adaptou à disciplina e às exigências do ensino formal da época, tendo retornado ao Brasil em 1965. Lecionou em vários cursos de pré-vestibular, até que recebeu convite para lecionar em Assis, então Campus avançado da USP. Com a criação da UNESP foi transferido para Marília, como professor universitário, onde trabalhou de 1980 a 1988. A partir de 1989 estabeleceu-se em Araraquara até vir a falecer. Espírito inquieto e amante de polêmicas, sempre foi um vanguardista e um experimentalista incansável no campo da ficção. Utilizou-se com freqüência da técnica de colagem de fragmentos de textos diferentes de diferentes autores. Sua obra mais importante são justamente seus romances experimentais, entre os quais se destaca a trilogia No Coração dos Boatos ( Outra Inquisição, 1982; Nonadas, 1983; A Implosão do Confessionário, 1984) bem como Ruidurbano: Uma Antologia (1993) e o livro de contos que levou dez anos e seis tentativas para refluir em A Educação pelo Fragmento( 1996, o último livro que viu editado, em Julho/Agosto, vindo a falecer em 23 de Outubro). Deixou inédita sua possível obra-prima, o romance Grande Inquisição: Veredas, em que reescreve Guimarães Rosa, assim como Um Diário para o Ano 2000. 

Uilcon Pereira: no coração dos boatos, de Aricy Curvello, coeditado pela Editora Giordano (S.Paulo) e Editora AGE ( Porto Alegre), lançado em 2000, traz pela primeira vez publicadas a biografia, a bibiliografia, a fortuna crítica, bem como uma coletânea de textos de críticos importantes como Fábio Lucas, de professores universitários como Antônio Medina Rodrigues e Elisa Guimarães (USP), depoimentos de artistas e ex-alunos, páginas de saudades, poemas dedicados a UP, inclusive de Sebastião Nunes. Pedidos para a Editora AGE : editoraage@editoraage.com.br

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Uilcon Pereira
Um animal estético

 

 Biutxugo
 sentou-se em um sabugo
 no meio do refugo

 Por que
 afinal?

 Agiu por amor à rima


(Do livro: A Educação pelo Fragmento. São Paulo: Editora do Escritor, 1996, página 43.)
 

 

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Uilcon Pereira
poema antipedagógico




naqueles remotos, silenciosos anos, Biúte conversa com o Baravelli, seu colega no Colégio Bandeirantes de Àssombradado, no qual estudantes passadistas continuavam a tradição das sabedorias já esquecidas:
— ei, Bi, me empreste a borracha
— eu não tenho, nunca trago borracha
— por quê, você não costuma errar?
— Não, bicho, é que eu jamais acerto
 
 
 

( Do livro: A Educação pelo Fragmento. São Paulo: Editora do Escritor, 1996, pp. 74-75).
 

 

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Uilcon Pereira
ficcção científica
 

lembrei-me de uma história, e vou contá-la novamente era uma vez, em  Assombrado, no Natal de 1987, um doutor chamado Ralf Baterson.
ele desejava conhecer os processos mentais, a própria essência da vida espiritual, através de Biutex, infalível computador de nona geração
perguntou-lhe:
— computas que algum dia pensarás como um ser humano?
a máquina começou a trabalhar, analisando os seus métodos e esquemas de raciocínio. finalmente devolveu a resposta numa folha de papel. Ralf Bateson apanhou a solução do enigma e leu, cuidadosamente datilografadas e xerocadas, as palavras:
           “isso me faz lembrar uma história e vou contá-la de novo”
 
 
 

(Do livro: A Educação pelo Fragmento. São Paulo: Editora do Escritor, 1996, p.36)
 
 

 

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Uilcon Pereira

 

 

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Uilcon Pereira
                              BIÚTE  NO CORAÇÃO  DOS  BOATOS
 
 

                                                                                        Leonardo Fróes 
 
 
 

                        Recolhido no interior de São Paulo, tendo lecionado a partir de 1972 em Assis, Marília e Araraquara, Uilcon Pereira, professor de pós-graduação da UNESP, conseguiu se relacionar com escritores do Brasil inteiro. Como atuou antes do e-mail, mandava cartas manuscritas , e as mensagens que ele assim produzia, com inteligência e bom humor, criaram uma rede de afetos que se prolonga até hoje. Postos em contato pelo professor recolhido, muitos de seus correspondentes passaram a se escrever de igual modo, tornando-se afinal bons amigos. 

                     Originalíssimo percurso desse mestre da escrita que, depois de se formar em Filosofia pela USP e especializar-se em Paris, preferiu o recato das cidades cidades à tribulação das metrópoles, é relembrado agora num volume em sua homenagem. Em forma de  Festschrift, o livro Uilcon Pereira: no coração dos boatos foi organizado por Aricy Curvello, do Espírito Santo, e está sendo lançado por um pool de pequenas editoras, à frente das quais a paulista Giordano e a gaúcha AGE.

                         Sobre o homenageado, que morreu em 1996 em Araraquara (ou  Azaraquara, como ele costumava dizer), escrevem Fábio Lucas, Elisa Guimarães, Sebastião Nunes, Ricardo Lima, Eico Suzuki, Eloésio Paulo e vários outros autores, além de alguns dos numerosos alunos que ele formou na UNESP. 

                         Pioneiro nos usos da fragmentação e da intertextualidade, Uilcon, que se definiu como um “vampiro de textos”, publicou três longas narrativas, Outra Inquisição, Nonadas e A Implosão do Confessionário, que Aricy Curvello chamou de “pós-romances” e ele mesmo considerava “colagens” . Sua técnica se baseava em justapor ou mesclar ao que era de sua própria invenção trechos recolhidos numa garimpagem a esmo. Assim, como escreveu, foi “lendo e plagiando velhas crônicas, piadas, reportagens, colunas sociais, novelas realistas, romances de cavalaria, entrevistas com superestrelas da cultura de massa e textos de Franz Kafka” que ele construiu sua obra tão marcada pela inovação e a ironia. 
 

                         Nos últimos anos, Uilcon se dedicou sobretudo à criação de uma saga em minicontos, que sempre transcorrem numa imaginária cidade, Àssombradado, em que ele põe em cena um personagem que em geral se chama Biúte, mas cujo nome pode variar e compor-se ao sabor do discurso. Impressos em folhetos que os correios levavam, junto com as cartas do autor, pelo Brasil afora, tais minicontos transgridem a pontuação e são às vezes tão breves  quanto um choque, como se vê por este de A Educação pelo Fragmento:

                          “Naqueles remotos, peremptos anos, Biúte conversa com o Baravelli, seu colega no Júlio Lucante, a primeira escola de Àssombradado, na qual os estudantes passadistas continuavam a tradição das sabedorias que já esquecemos
- ei, me empreste a borracha
- eu não tenho, nunca trago borracha
- por que, você não costuma errar ?
- não, bicho, é que eu jamais acerto” 
 

                           Tema de várias teses universitárias, a obra de Uilcon Pereira, no entanto, quase nunca chegou à mídia. Uma das raras exceções fica por conta do Jornal da Tarde , onde Renato Pompeu o entrevistou em 13 de Novembro de 1982.

(Publicado originalmente no Jornal da Tarde, São Paulo, 11 de Dezembro de 2000, 2º Caderno, página 4.)
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Uilcon Pereira

SURPREENDENTE E IMPREVISÍVEL




                                                                                          Enéas Athanázio
 

Sempre ouvi dizer que os autores que ficam são aqueles que têm boa fortuna crítica. E´claro que, além disso, a obra  deve ter qualidades, mas minha própria experiência pessoal tem demonstrado, em mais de uma ocasião, que a afirmativa procede. Cito como exemplo o caso de Crispim Mira, a cuja obra cheguei através de Monteiro Lobato. Não fossem os elogios lobatianos a um dos livros de Mira, talvez eu jamais me interessasse por ele. Mas Lobato abriu meus olhos, despertando minha curiosidade pelo livro “Terra Catharinense”, do qual parti para a leitura dos demais e, depois, vasculhei a vida do combativo jornalista e escritor conterrâneo, daí resultando meu livro sobre ele. Outros exemplos poderiam ser lembrados. 

Por essa razão, e muitas outras, estão de parabéns os leitores e admiradores de Uilcon Pereira (1936-1996), sobre quem Aricy Curvello acaba de dar a público o belíssimo livro “Uilcon Pereira: no coração dos boatos” ( Coleção Memória Brasileira n. 27, Ed. Giordano / AGE, S. Paulo/Porto Alegre, 2000). Em esmerada pesquisa, esse minucioso organizador levantou tudo a respeito do professor e escritor de Araraquara, reunindo nesse volume sua biografia, bibliografia, fortuna crítica e coletânea de textos, permitindo assim uma visão de conjunto antes difícil de se obter sobre a vida e a obra do autor de “Outra Inquisição”. 

Embora tenha feito uma bela carreira didática, com mestrados e doutorados, teses e experiências semióticas, o que mais me agrada em Uilcon Pereira é o ficcionista. No caso — é verdade — essa palavra perde um tanto do sentido porque sua ficção é, ao mesmo tempo, ficção e realidade, imaginação e vivência, descabelada e verossímil, brincadeira séria, humor trágico, suavidade dura, doçura amarga e por aí além. Quando parece brincar, acariciando a palavra, filosofa, especula, provoca, intriga.

É sempre surpreendente e imprevisível. Velhos leitores, como nós outros, envolvidos a vida inteira nessas coisas de letras, não somos presas fáceis para a surpresa. Mas ele consegue: vai à direita quando tudo aponta à esquerda; para cima no momento em que a indicação é para baixo.  Nunca diz o esperado, o óbvio, jamais revela além do indispensável e não gasta palavras fora da medida. E assim, linha a linha, página a página, a leitura de seus contos e romances é uma aventura sem fim, mesmo  porque continua após a palavra final. Como ele próprio dizia, “ era um homem livre”  que “ se lançou, sem o menor controle, nas mais loucas aventuras” mas  “talvez  movido por um honesto sentimento de responsabilidade . . .”

Essa inventividade fervilhante não se limita à criação ficcional mas  se  estende  às  figuras  e personagens, aos nomes tantas vezes exóticos e pitorescos de lugares e coisas, à disposição do texto na página e até mesmo à criação de palavras. Como escreveu   Curvello,  “ em sua  ficção  já misturara e recombinara  o  sonho  e  a  vigília, o inconsciente e o consciente, a realidade e a fantasia, tudo o que pudesse ser dúplice ou tríplice como o labirinto, o travesti, o jogo infindável da linguagem”. 

Não o conheci em pessoa. Trocamos algumas cartas e escrevi sobre sua obra. Uma visita a ele, em Araraquara, inclusive para conhecer D. Rosa, que inscrevo , com muita honra, entre minhas leitoras, estava nos planos. Mas ele partiu antes, sem aviso prévio. A notícia chocou e entristeceu; julguei estar no coração dos boatos ¾  mas era verdadeira.  Até nisso ele foi surpreendente e imprevisível! 

(Enéas Athanázio é um dos mais conhecidos e premiados escritores de Santa Catarina. Acaba de ser eleito por júri formado por membros da Academia Catarinense de Letras o “Escritor do Ano 2000”.) 
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Uilcon Pereira
                           UILCON PEREIRA: NO CORAÇÃO DOS BOATOS
 
                             Hugo Pontes
 

Aricy Curvello, intelectual respeitado nos meios literários, tem, com paciência e determinação, todos os méritos por reunir neste livro (Ed. Giordano/São Paulo, Ed. AGE/ Porto Alegre, 2000) todos os perfis que o grande filósofo, professor, escritor, crítico e, sobretudo, amigo Uilcon Pereira, encerrava ¾ em si mesmo ¾ por ser um aglutinador único. 

Rara homenagem, estudo e publicação para falar do homem Uilcon Pereira, sem resvalar para o lugar-comum do laudatório ou do meramente panfletário.

Homenagem daqueles que conviveram com o escritor e sabiam de sua amizade por todos; estudo, porque cada um dos que falam de seu trabalho não o fazem pela amizade, mas procurando entender o espírito irrequieto que sempre dominou Uilcon. E, por último a publicação superior, uma vez que Aricy Curvello encontrou nas Editoras Giordano (de São Paulo) e na AGE (de Porto Alegre) o abrigo necessário para editar a sua primorosa obra. 

O resultado de tudo isso tem a mão e o cérebro de Aricy Curvello, escritor mineiro residente no Espírito Santo, que —  com método — soube reunir bibliografia, fortuna crítica, coletânea de textos e biografia do e em torno do intelectual que foi Uilcon Pereira.

A reunião dos escritos tem como resultado, para quem conheceu o escritor, é o retrato mais próximo de quem foi e o que fez na vida UP.

Wilcon Jóia Pereira nasceu em Tietê- SP em 1936 e faleceu em 1996. Uilcon passeou mundos, fez e aproximou amigos. Eera doutor em Filosofia, porém sua paixão e interesse estavam na Literatura, em todos os gêneros, mas sua preferência estava no experimentalismo e era entre textos e poetas experimentais que ele circulava e se sentia à vontade, uma vez que ele estava à frente de seu tempo.

Para tanto basta que se leia a sua tese de doutorado “Escritema e Figuralidade nas Artes Plásticas Contemporâneas”, publicada em 1974, para verificarmos o quanto ele estava no e a caminho de outra geração. 

Rara está sendo a oportunidade de se oferecer ao público um retrato escrito de Uilcon Pereira, com essa iniciativa de Aricy Curvello em convidar Marina Lucy Goldmann, Fábio Lucas, Hygia Calmon Ferreira, Antônio Medina Rodrigues, Dalila Teles Veras, David Pereira, Doris Accioly, Eico Suzuki, Elisa Guimarães, José Pedro Renzi, Maurício Leandro Fernandes, Nancy Neves, Ricardo Lima, Roberto Goto, José Pedro Antunes (todos do Estado de São Paulo), Hugo Pontes, Eloésio Paulo, Sebastião Nunes e José de Sousa Pinto, o Zanoto (de Minas Gerais), Camilo Mota, Fernando Py, Leonardo Fróes ( do Estado do Rio de Janeiro), Nilto Maciel (Brasília/DF) e o próprio Aricy Curvello, residente no Espírito Santo, fazendo parte desse livro-depoimento-livre sobre UP, o homem que durante a vida uniu palavras e reuniu pessoas.

(Transcrito do Jornal da Cidade, Poços de Caldas, 14 de novembro de 2000, página 9)
 
 

 

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Uilcon Pereira
Uilcon Pereira: no Coração dos Boatos

[in jornal o Braço Sul,
Domingos Martins, ES
jan/2001]

Lançada recentemente na Feira do Livro de Porto Alegre, a obra Uilcon Pereira: no Coração dos Boatos tem a assinatura de Aricy Curvello, escritor mineiro radicado no Espírito Santo há dez anos. O livro aborda a vida e a obra de Uilcon  Pereira, professor universitário e escritor paulista falecido em 1996, aos 60 anos, e que deixou um grande legado literário, tanto na área de ciências sociais quanto na área de romances e contos experimentais.

Com 196 páginas, Uilcon Pereira: no Coração dos Boatos é o 27º volume da Coleção Memória Brasileira, destinada a universidades, e o quinto de Aricy Curvello que, anteriormente, publicou três livros de poesia e um ensaio sobre a revista literária portuguesa Anto (pelo Museu/Arquivo de Poesia Manuscrita, de Florianópolis). Na obra sobre Uilcon, Aricy Curvello resgata a sua biografia, bibliografia e fortuna crítica . Foram quatro anos de pesquisas e cerca de mais de cem pessoas foram contatadas ou entrevistadas.

Formado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) em 1963, Uilcon foi amigo de Aricy, com o qual conviveu durante 20 anos. Na Sorbonne (França), iniciou  curso de mestrado em Epistemologia, sob a orientação do grande mestre Lévi-Strauss, mas não o concluiu, por não se adaptar ao rigor das exigências formais  da instituição. Voltando ao Brasil, lecionou em Assis, então campus avançado da USP e que deu lugar à Universidade Estadual  Paulista (UNESP).

"O poeta português Fernando Pessoa criou seus famosos heterônimos, ou seja,vários poetas com personalidade própria. Já Uilcon fez o oposto: concebeu a homonímia, isto é, uma personagem única com várias personalidades ( com seu nome variando em uma tabela onomástica). Quem lê suas obras sem atenção, corre o risco de perder o fio da meada e julgar que não têm sentido, em vista de sua polissemia."

Uilcon Pereira: no Coração dos Boatos foi coeditado pela Editora Giordano, de São Paulo, que tem ligações com a USP e com Mindlin, o maior bibliófilo brasileiro, e pela Editora AGE, de Porto Alegre, especializada em Modernismo e vanguardas. Quem não encontrar o livro no mercado capaixaba, pode solicitar seu exemplar à Editora AGE ( telefax  Oxx- 51 - 2233 - 9385 / e-mail:  editoraage@editoraage.com.br) .

( Publicado em O Braço Sul, Domingos Martins (ES), dez.2000/jan.2001, 1º Cad., p.3)

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