Em meio à multidão, ei-lo sereno,
Tendo nos lábios a moral mais pura!
Seu rosto mostra excelsa formosura,
Seu olhar é tão grave quanto ameno.
É o meigo e compassivo Nazareno,
Modelo de bondade e de ternura;
Ele vem redimir da sorte escura
O mortal orgulhoso e tão pequeno.
E como não lhe basta essa humildade
De viver entre a pobre humanidade,
Dando exemplos de amor, lições de luz,
Aceita o sacrifício mais pungente
E vai, como se fosse um delinqüente,
Os nossos crimes expiar na cruz. |