Se, por altos poderes impelido,
Cometeste o mais torpe desatino...
Ou se, em luta terrível com o destino,
Como frágil mortal, foste ferido;
Se por ti, que eras vil e pequenino,
Devia o Grande Mestre ser traído...
Se por Ele te fora concedido
Esse ardil infernal e tão ferino;
Não se pode dizer que é justa a crença
De que tiveste bárbara sentença,
De que foste, p'ra sempre, condenado:
Quem sabe se no galho da figueira,
Naquela hora tremenda e derradeira,
Não tiveste o perdão do teu pecado? |