Vitor L. Mendes

Poemas ao Vento

A poesia cavalga no sopro do vento. Nada existe em seu caminho, que possa se esconder. Nada escapa ao toque gélido do Minuano, Para que o vento norte venha, logo após, aquecer. O poema encontra voz no murmúrio do mar, No canto dos grilos nas noites de luar E na orquestra de pássaros ao alvorecer, Que a natureza sempre teima em reger. Os versos se vestem de luz na paisagem, Na lourice alegre dos raios do sol, Que bricam de bordar sonho e imagem Em leves filigranas tecendo o arrebol. Tento em vão descrever em palavras Tudo aquilo que sinto e quero te contar, Mas teus ouvidos se negam E teus olhos desviam o olhar. Quem sabe teu coração venha algum dia saber, Que o galope do poema não pode parar...


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