Da terra,
Certa vez,
Ouvira o bom Jesus
lamentos de uma mãe inconsolada.
Morrera-lhe o filho mui querido,
Vida de sua vida — sua luz,
Deixando-a triste, desolada.
E o Senhor da Vida,
Na condição de Filho,
Acode, pressuroso,
Aos anseios da mãe desventurada.
E à noite,
De olhos entumescidos de chorar,
E após já ter rezado tanto,
Cai em sono profundo...
Sonha...
Uma visão lhe tranquiliza a alma:
Jesus lhe mostra,
Junto de si,
No paraíso,
O filho pranteado,
Supostamente perdido.
... E desperta feliz,
Balsamizado o coração,
Pois, em verdade,
Reencontra o seu tesouro
— E em que doce mansão ! ... |